Mão Hábil na Escrita

Após uma segunda sessão desta atividade, que decorreu em janeiro, a 3ª sessão foi desenvolvida em sala de aula e alguns alunos responderam à chamada do professor Nilton Esteves: fazer uma iluminura com a primeira letra de um provérbio à sua escolha.

Foram estes os trabalhos recebidos dos alunos, que nos autorizaram a publicação neste site da Biblioteca Escolar.

Trabalho da aluna Esther Santana do 5ºE.

Os trabalhos de outros alunos:

A equipa da biblioteca

Soneto do amigo

O poema descreve a amizade como um sentimento complexo , onde os amigos servem de espelhos da alma um do outro e ajudam-se a renascer. O poeta Vinicius de Moraes transmite a ideia de que a amizade é como um ciclo contínuo, onde a partida de um amigo dá lugar ao nascimento de outro, e a presença do amigo serve como um espelho que reflete e multiplica a alma do eu lírico. A música é, portanto, um tributo à amizade que resiste ao tempo e às adversidades, enriquecendo a existência humana.

A equipa da biblioteca

Maduro maio – um poema de Zeca Afonso

Ouve também a canção.

Esta é uma das mais bonitas canções de Zeca Afonso, incluída num disco gravado em Paris em 1971, com a colaboração de alguns refugiados políticos e cantores de intervenção portugueses em França. Foi um disco premonitório, do qual faz parte a canção mais emblemática da Revolução do 25 de Abril de 1974, «Grândola, Vila Morena».

No verso «Quem te quebrou o encanto/ Nunca te amou», Zeca Afonso referia-se aos fundadores da Ditadura, iniciada com o golpe militar de 28 de Maio de 1926, e fazia o seu apelo inconformista a favor da recuperação do «encanto quebrado»: «Qu’importa a fúria do mar!/ Que a voz não te esmoreça/ Vamos lutar.»

Em 1971 o país vivia ainda a agonia do Estado Novo. As esperanças de transição pacífica para a democracia, prometidas pela famosa declaração marcelista de «renovação na continuidade», em breve dariam lugar ao desencanto e à frustração. Marcelo Caetano acabou por fazer a continuidade sem renovação.

O Maio, maduro Maio que Zeca Afonso canta, é o mês do amor e do casamento: a Igreja recusava celebrar casamentos durante a Quaresma e desaconselhava os crentes de praticarem relações sexuais nesse tempo de preparação para a Páscoa, e que se queria de recolhimento e de sacrifício. Após as festividades pascais os camponeses tratavam do casamento. Para além disso, em Maio há em predisposição primaveril para o amor. Zeca canta: «Sempre depois da sesta/ Chamando as flores/ Era o dia da festa/ Maio de amores.»

Hoje Maio continua a ser o mês do amor, com as suas temperaturas amenas, as árvores cobertas de folhagem, as flores e as encostas pintadas com vegetação de mil cores. E é também o mês em que as pessoas se sentem mais criativas e reivindicativas. O 1.º de Maio é o dia do Trabalhador. E foi em Maio que, nas ruas de Paris, explodiu o movimento estudantil conhecido por «Maio de 68».

Nos Estados Unidos iniciava-se o movimento hippie e os problemas sociais e a guerra do Vietnam desencadearam uma enorme vaga de contestação. Os hippies punham em causa os valores dominantes na sociedade industrial, defendiam o amor-livre e a não-violência, punham flores no cabelo, falavam do «flower power», praticavam uma vida simples e admiravam a espiritualidade das religiões orientais.

Influenciados por estas ideias, muitos os estudantes americanos desenvolveram uma intensa campanha contra a guerra do Vietname, com canções de protesto e grandes manifestações de rua, exercendo forte influência na juventude europeia.

Em Maio de 68, os estudantes de Paris ocuparam as universidades, lutaram contra a polícia nas ruas da cidade, levantaram barricadas, transformaram a cidade-luz num autêntico campo de batalha.

Em Portugal, o movimento estudantil teve a sua prova de fogo em 1969. A repressão policial foi particularmente violenta, mas a Ditadura tremeu.
Apesar do espírito utópico e anárquico do «Maio de 68», o idealismo dos jovens estudantes parisienses acabaria por dar alguns frutos.

A equipa da Biblioteca

Exposição Narrativas Gráficas & Marcar a Leitura

Teve início, no dia 8 de maio, a exposição Narrativas Gráficas e Marcar a Leitura na Biblioteca Municipal, uma iniciativa da RBE de São João da Madeira que reúne trabalhos dos alunos de todos os agrupamentos do concelho. Este ano, o tema dos trabalhos é a Revolução de Abril.

Inaugurada pela Vereadora da Educação e pela Diretora da Biblioteca Municipal, a exposição foi visitada por alunos dos três agrupamentos de São João da Madeira. As duas turmas da escola básica dos Ribeiros, que foram ver a exposição, participaram igualmente numa hora do conto –  “A Canção da Mudança” de Amanda Gorman. Vem visitar esta exposição e admirar as histórias fantásticas dos alunos do Agrupamento Oliveira Júnior.

Os trabalhos decorrentes desta atividade – histórias originais em banda desenhada e marcadores de livros – ficam expostos na Biblioteca Municipal até 15 de junho.

A equipa da biblioteca

Narrativas Gráficas

O grupo de Educação Visual participa anualmente no projeto Narrativas Gráficas, da responsabilidade da Rede de Bibliotecas Escolares de São João da Madeira e integrado no Projeto Educativo Municipal.

Divulgamos os trabalhos apresentados em 2024 pelos alunos do 2º e do 3º ciclo (9º ano) e subordinados ao tema do 25 de Abril que celebra os seus 50 anos.

https://padlet.com/bibliotecaAEOJ/narrativas-gr-ficas-2024-y7kopx458efn7n8p